Línguas que não falam,
símbolos que dançam como estrelas
num céu de pergaminho.
Folhas cheias de plantas inexistentes,
raízes que ninguém colheu,
flores que apenas a imaginação rega.
Corpos fluem em águas secretas,
astros giram em círculos de fogo mudo,
frascos guardam o que nunca foi destilado.
É um mapa sem chave,
um canto sem voz,
um enigma que se recusa a envelhecer.
Talvez seja oração,
talvez ciência perdida,
talvez apenas o reflexo
de uma mente que ousou sonhar
um idioma para além do humano.
(Este poema inspira-se no Manuscrito Voynich, códice
medieval escrito em alfabeto indecifrável e ilustrado com imagens enigmáticas.)
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