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domingo, 21 de setembro de 2025

Escrita Sem Rosto

Línguas que não falam,

símbolos que dançam como estrelas

num céu de pergaminho.

 

Folhas cheias de plantas inexistentes,

raízes que ninguém colheu,

flores que apenas a imaginação rega.

 

Corpos fluem em águas secretas,

astros giram em círculos de fogo mudo,

frascos guardam o que nunca foi destilado.

 

É um mapa sem chave,

um canto sem voz,

um enigma que se recusa a envelhecer.

 

Talvez seja oração,

talvez ciência perdida,

talvez apenas o reflexo

de uma mente que ousou sonhar

um idioma para além do humano.

 

 

(Este poema inspira-se no Manuscrito Voynich, códice medieval escrito em alfabeto indecifrável e ilustrado com imagens enigmáticas.)

 

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