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domingo, 14 de setembro de 2025

Vozes do Espírito

O Reino Interior

 

Dentro de nós,

há um território que não se entrega,

nem aos gritos do mundo

nem às ordens que se disfarçam de lei.

 

Cada desejo é um rio

que corre em silêncio,

cada medo uma sombra

que ensina a caminhar.

 

E na calma dessa vastidão,

a mente descobre:

o poder verdadeiro não se impõe,

floresce, sereno, como bosque ao sol.

 

 

 

 

As Paixões e o Sol

 

O ódio levanta tempestades,

a inveja envenena rios.

Mas a razão é sol que atravessa a nuvem,

ilumina o movimento de cada sentimento,

mostra que o impulso não é prisão,

é matéria-prima para o equilíbrio.

 

Quem se conhece

aprende a dançar com a raiva,

a beber o medo sem afogamento,

a transformar dor em clareza,

a existir sem ceder à tirania do impulso.

 

 

 

 

Vozes Invisíveis

 

Há correntes que ninguém vê,

grilhões feitos de silêncio e expectativa,

mas a mente persiste,

como água que escapa entre pedras,

como vento que dobra as montanhas.

 

Não há decreto que subjugue

a vontade que se entende.

A liberdade é sutil,

tecida no gesto simples,

no olhar que decide não obedecer ao medo.

 

 

 

 

Horizonte Ético

 

Cada ação, cada palavra,

uma estrela na noite da consciência.

Errar é navegar,

compreender é descobrir constelações

onde antes havia apenas sombra.

 

A ética não é punho nem lei,

é mapa de si mesmo,

guia que permite caminhar

entre desejos e razão,

entre mundo e espírito,

sem se perder.

 

 

 

 

O Domínio do Silêncio

 

O mundo grita, e cada voz tenta moldar,

subjugar, ordenar, medir o coração,

mas há um espaço onde nada chega,

onde o espírito respira

e se expande, livre.

 

A paz nasce nesse silêncio,

não como ausência de conflito,

mas como clareza que transforma

o impulso em decisão,

o caos em harmonia.

 

 

 

 

Harmonia e Poder

 

O poder que aprisiona é sombra,

que domina é vazio.

O verdadeiro poder é harmonia:

com o mundo,

com o corpo,

com cada pensamento

que reconhece a própria força.

 

A vida plena é ato de coragem:

agir segundo a razão,

amar sem prisão,

respeitar sem temer.

E no gesto consciente,

o infinito se curva e sorri.

 

 

 

 

(Esta coleção de poemas é um convite à escuta interior e à reflexão sobre a liberdade, a consciência e o equilíbrio entre razão e emoção. Cada texto busca captar a força do espírito humano diante das pressões externas, das dúvidas e dos medos, celebrando a coragem de existir com clareza, integridade e responsabilidade.

As imagens e metáforas procuram ser pontes entre o mundo visível e o invisível, entre o pensamento e o sentir, revelando que a verdadeira liberdade nasce do autoconhecimento e da capacidade de agir com ética e amor.

Cada poema é uma tentativa de dar voz ao que pulsa silencioso dentro de nós, lembrando que, mesmo em meio às limitações e confusões da vida, a essência do ser permanece intacta, pronta para se expressar.)

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