No centro oculto da mulher
arde o mistério primordial,
chave dourada,
círculo de fogo,
pulsar do universo em miniatura.
Chamam-lhe clitóris,
mas é mais que um nome:
é estrela no corpo,
portal da criação,
coroa do prazer que desperta o cosmos.
Os que o temem procuram apagá-lo,
como se pudessem calar o próprio sol.
Tentam mutilar a energia vital,
quebrar a ponte entre carne e infinito.
Mas a força não se extingue:
flui no sangue,
canta nos ossos,
renasce em cada mulher
como lua invencível.
O feminino sagrado não morre:
é raiz e fruto,
é ventre e clarão,
é sopro divino
que mantém o universo desperto.
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