Sob a terra, erguem-se colónias invisíveis,
rainhas veladas em sombras,
ordeiras de um poder antigo,
tecendo destinos que não lhes pertencem.
Pupas roubadas, filhos de outras casas,
crescem sem saber que trabalham
para perpetuar a força de quem os domina.
Cada gesto, cada passo, uma engrenagem
no mecanismo silencioso da sobrevivência.
Lutam, marcham, constroem;
no labor brutal, não há maldade,
apenas a lógica fria de um império que precisa existir.
Liberdade e escravidão coexistem,
entrelaçadas como raízes invisíveis sob o solo.
Mesmo na pequenez, há ecos de poder,
como se cada colónia refletisse
as escolhas e hierarquias que assombram,
lembrando que dominar ou ser dominado
é um instinto tão antigo quanto a vida.
(Este poema reflete sobre o instinto ancestral de dominar ou ser dominado,
inspirado nas colónias de formigas escravagistas. Mesmo no menor ser, há ecos
de poder, hierarquia e sobrevivência.)
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