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segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Império Silencioso

Sob a terra, erguem-se colónias invisíveis,

rainhas veladas em sombras,

ordeiras de um poder antigo,

tecendo destinos que não lhes pertencem.

 

Pupas roubadas, filhos de outras casas,

crescem sem saber que trabalham

para perpetuar a força de quem os domina.

Cada gesto, cada passo, uma engrenagem

no mecanismo silencioso da sobrevivência.

 

Lutam, marcham, constroem;

no labor brutal, não há maldade,

apenas a lógica fria de um império que precisa existir.

Liberdade e escravidão coexistem,

entrelaçadas como raízes invisíveis sob o solo.

 

Mesmo na pequenez, há ecos de poder,

como se cada colónia refletisse

as escolhas e hierarquias que assombram,

lembrando que dominar ou ser dominado

é um instinto tão antigo quanto a vida.

 

 

(Este poema reflete sobre o instinto ancestral de dominar ou ser dominado, inspirado nas colónias de formigas escravagistas. Mesmo no menor ser, há ecos de poder, hierarquia e sobrevivência.)

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