As abelhas velhas não regressam à colmeia à noite,
permanecem entre flores, sob o véu da lua,
sabendo que o fim se aproxima,
mas ainda assim trazendo néctar e pólen ao mundo.
Nenhuma espera morrer na segurança do lar;
o coração da colónia é maior que cada uma delas,
um corpo quente feito de pequenos sacrifícios,
onde cada tarefa é respeitada
e cada gesto tem valor.
Mesmo em seus últimos voos, elas dão-se à vida,
acolhem o nascer do sol como um presente,
e a sua contribuição, silenciosa e discreta,
sustenta o equilíbrio da colmeia e do mundo.
Na humildade de seu labor há ensinamentos:
a entrega sem orgulho, o cuidado sem exigência,
o amor pela comunidade mesmo diante do fim,
e a força de cumprir o próprio destino com dignidade.
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