O tempo é doloroso, pois flui e nada retém,
envolvendo-nos como um oceano sem margens.
Cada instante se dissolve, e permanecemos
entre o que já foi e o que ainda não chegou.
O vazio interior ecoa o silêncio do cosmos,
um espaço escuro onde a vida parece flutuar sem rumo.
Respiramos, sentimos, tentamos agarrar,
mas tudo escapa, leve como poeira estelar.
E, mesmo na solidão absoluta, há um fio tênue:
a consciência de habitar este momento,
de sentir a dor e a beleza de simplesmente existir
e de perceber que cada respiração é uma centelha,
uma pequena luz em meio à imensidão escura.
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