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terça-feira, 2 de setembro de 2025

Suspensos no Infinito

O tempo é doloroso, pois flui e nada retém,

envolvendo-nos como um oceano sem margens.

Cada instante se dissolve, e permanecemos

entre o que já foi e o que ainda não chegou.

 

O vazio interior ecoa o silêncio do cosmos,

um espaço escuro onde a vida parece flutuar sem rumo.

Respiramos, sentimos, tentamos agarrar,

mas tudo escapa, leve como poeira estelar.

 

E, mesmo na solidão absoluta, há um fio tênue:

a consciência de habitar este momento,

de sentir a dor e a beleza de simplesmente existir

e de perceber que cada respiração é uma centelha,

uma pequena luz em meio à imensidão escura.

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