Escrevo porque preciso traduzir
o que me atravessa e não cabe em mim.
Cada palavra é tentativa, não certeza,
cada verso, um gesto de existir.
Sinto a solidão que habita o mundo
e a minha própria, entrelaçadas.
No silêncio do papel, encontro reflexo,
uma presença que não se vê, mas se sente.
Não sei se minhas linhas tocam alguém,
ou se apenas preenchem o vazio
que insiste em me acompanhar.
Ainda assim, escrevo,
porque não sei viver sem tentar entender.
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