O dia nasce em descompasso,
palavras afiam-se como lâminas,
mas o silêncio pede contenção.
Entre o impulso e a prudência,
cresce a tensão que molda escolhas.
A luz procura ordem,
a sombra insiste em lembrar
que a perfeição nunca é inteira.
E o coração, preso entre medidas e sonhos,
escuta murmúrios que vêm de longe.
Há encontros de profundidade,
alianças com o tempo que ensina paciência,
e visões que rompem as fronteiras do habitual,
como clarões que anunciam mudança.
Entre o previsível e o inesperado,
abre-se o espaço para renascer,
pois até a fricção dos contrários
é convite ao despertar
daquilo que em nós permanece vivo.
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