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sábado, 6 de setembro de 2025

Triângulo de Penrose

No vértice do impossível,

a linha curva e retorna sobre si mesma.

Olho e mente se perdem

num passo que nunca alcança o fim.

 

Tudo parece firme, concreto, certo,

mas o toque revela o vazio que sustenta

cada ângulo, cada promessa de completude.

 

Andamos sobre corredores que se dobram,

tentando fechar ciclos que nunca fecham,

como se a vida, sorrateira, nos ensinasse

que o paradoxo também é forma de beleza.

 

E mesmo sabendo que não há saída,

há fascínio no caminho que se contorce,

pois em cada instante de impossibilidade

reside o convite: olhar de novo,

reimaginar, acreditar no que parece não ser.

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