No vértice do impossível,
a linha curva e retorna sobre si mesma.
Olho e mente se perdem
num passo que nunca alcança o fim.
Tudo parece firme, concreto, certo,
mas o toque revela o vazio que sustenta
cada ângulo, cada promessa de completude.
Andamos sobre corredores que se dobram,
tentando fechar ciclos que nunca fecham,
como se a vida, sorrateira, nos ensinasse
que o paradoxo também é forma de beleza.
E mesmo sabendo que não há saída,
há fascínio no caminho que se contorce,
pois em cada instante de impossibilidade
reside o convite: olhar de novo,
reimaginar, acreditar no que parece não ser.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.