Dois sopros que enchem o peito,
como ondas que chegam à praia,
trazendo consigo o excesso,
deixando apenas espaço.
E um longo suspiro,
que se solta devagar,
diz ao coração:
“já não há perigo,
podes descansar.”
O corpo recorda
o que a mente esqueceu:
a calma está sempre perto,
vive no ar que entra
e no ar que sai.
Respirar é regressar,
é alinhar-se com o tempo,
é tocar a paz invisível
que sempre nos espera
no silêncio dos pulmões.
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