Não falo de um eu isolado
mas do que pulsa em todos
que buscam e despertam
entre a sombra e a luz do mundo
Escuto o humano e o divino
num mesmo sopro
testemunho do que nasce e morre
nos corações nas mãos na terra nas estrelas
Não confesso apenas escuto
não relato apenas ecoa
o que a consciência reconhece
quando o mundo se cala e a verdade se pronuncia
Palavras que não me pertencem
atravessam aqueles que já sentiram
a solidão do despertar
a coragem de amar sem concessões
o impulso de conhecer sem limites
Aqui reside a poesia
no instante em que o humano se lembra do cosmos
e o cosmos devolve o sopro ao humano
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