Repetimos,
não por desejo de sofrer,
mas porque o inconsciente do mundo
procura ainda um ponto de viragem
na espiral das eras.
Cada gesto é um eco
de algo que o Universo tenta recordar.
As nossas quedas não são apenas humanas,
são memórias galácticas,
ondas de uma mente maior
que reaprende a amar-se em nós.
Voltamos às mesmas dores
como luas ao redor de um planeta ferido,
buscando uma órbita nova,
um eixo onde o trauma se dissolva
em compreensão.
A ciência chama-lhe padrão,
mas o Cosmos chama-lhe
tentativa de cura.
E quando o ciclo enfim se quebrar,
não haverá vencedores,
apenas consciência,
a vastidão reconhecendo a si mesma
no instante em que o erro se transforma em luz.
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