Há quem busque ser visto,
ser nome, forma, presença marcada,
mas há um refúgio que não pede aplausos,
um lugar onde o eu se dissolve
e apenas o existir permanece.
Não há grandeza nesse não existir,
apenas a paz de não ser cobrado,
o sossego de respirar sem rótulos,
o instante em que o coração se aquieta
e o mundo inteiro repousa na respiração.
E mesmo no silêncio que parece vazio,
há presença que não se anuncia,
há luz que não exige ser reconhecida,
um espaço onde todos nós,
mesmo sem saber, nos encontramos.
O que significa existir, senão
tocar, ainda que suavemente,
o invisível em cada outro?
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