Nos bosques da reserva,
uma tigresa caminhava entre sombras e sol,
olhos de fogo, passos de mistério,
mãe de vinte e nove promessas,
corações batendo sob sua proteção.
Chamavam-na Rainha, Super Mamãe Tigre,
guardando segredos ancestrais da selva
e ensinando à vida como sobreviver
onde a força e a astúcia se entrelaçam.
O colar no pescoço era mais que metal:
era um fio invisível de cuidado,
uma ponte entre humanos e selvageria,
entre ciência e reverência,
uma testemunha silenciosa de sua grandeza.
Quando partiu, a pira acesa não queimou
somente seu corpo, mas celebrou sua alma,
flores, cantos e mãos respeitosas
guardando o legado de quem ensinou
que a vida é feroz, preciosa, e sempre digna de proteção.
E mesmo na ausência,
seus passos ecoam na floresta,
cada filhote, cada árvore, cada sombra
carrega um pedaço de sua coroa de listras.
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