Há palavras que, mesmo ditas em silêncio
ou quase sem esforço, carregam mundos inteiros dentro
delas.
O vento escuta o que não dizemos,
e o mundo se aquieta, respirando connosco.
As palavras deixam de ser procura,
tornam-se respiração,
chaves que abrem portas invisíveis
onde o sentido se revela em fragmentos soltos,
como luz que atravessa a manhã.
Entre um gesto e outro
existe um instante em que tudo se entende,
não pela razão,
mas pelo repouso do coração.
A alma floresce quando o silêncio fala,
quando cada sopro escuta o outro,
e o que foi dito encontra o seu lugar.
As palavras seguem o seu caminho,
sabem onde pousar,
levando consigo universos
que não precisam ser explicados,
apenas sentidos.
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