Sombras vestidas de glória antiga
reaparecem em olhos que temem o outro.
Não há revolução, apenas medo,
muros invisíveis em corações e palavras,
identidades presas em dogmas,
uma história distorcida
para quem esquece que liberdade se vive,
não se compra.
Falam de herança e pureza,
mas a memória da humanidade é múltipla,
tecida de encontros, diálogos, diferenças.
O fascismo reinventado não precisa de armas,
usa silêncios cúmplices, omissões, mentiras.
Ainda assim, a consciência desperta lembra:
não há lei, muro ou tradição
que cale a luz que brota
quando escolhemos reconhecer o outro
e existir em pluralidade.
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