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segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Cansaço do Mundo

Há um cansaço que não é só do corpo,

mas da alma que há muito caminha

sobre estradas de vento e pó,

procurando sentido no que passa.

 

O homem constrói e desaba,

ama e esquece,

luta e pergunta-se por quê,

e o tempo, silencioso, observa.

 

Mesmo assim, entre ruínas e alvoradas,

a vida insiste em florescer,

num gesto, num olhar,

num breve instante de paz.

 

E talvez seja isso o milagre:

não fugir do cansaço,

mas deixá-lo repousar no peito

como quem acolhe um velho amigo,

e aprender com ele o silêncio

que antecede a renovação.

 

 

(Este poema inspira-se na experiência universal do cansaço humano: físico, emocional e existencial, e na constante travessia da alma em busca de sentido. Uma reflexão sobre a condição humana: a luta, a dúvida, a perda e, ainda assim, a persistência da vida em florescer, mesmo nos instantes mais silenciosos.)

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