Há um cansaço que não é só do corpo,
mas da alma que há muito caminha
sobre estradas de vento e pó,
procurando sentido no que passa.
O homem constrói e desaba,
ama e esquece,
luta e pergunta-se por quê,
e o tempo, silencioso, observa.
Mesmo assim, entre ruínas e alvoradas,
a vida insiste em florescer,
num gesto, num olhar,
num breve instante de paz.
E talvez seja isso o milagre:
não fugir do cansaço,
mas deixá-lo repousar no peito
como quem acolhe um velho amigo,
e aprender com ele o silêncio
que antecede a renovação.
(Este poema inspira-se na experiência universal do cansaço humano: físico,
emocional e existencial, e na constante travessia da alma em busca de sentido.
Uma reflexão sobre a condição humana: a luta, a dúvida, a perda e, ainda assim,
a persistência da vida em florescer, mesmo nos instantes mais silenciosos.)
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