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quinta-feira, 2 de outubro de 2025

À Guardiã das Florestas

Nas clareiras do tempo,

ergue-se uma mulher de passos leves,

que ouviu o coração da terra

através dos olhos dos chimpanzés.

 

Ela não apenas estudou,

ela escutou.

Não apenas contou histórias,

mas tornou-se parte delas.

 

Entre folhas e rios,

ensinou-nos que o humano

não é senhor, mas irmão,

e que cada vida, por mais pequena,

tem voz, memória, dignidade.

 

Hoje, o vento leva o seu corpo,

mas a sua presença ecoa nas árvores,

nas crianças que ainda sonham

com um planeta possível,

nos animais que respiram mais livres

porque ela ousou defender o silêncio da selva.

 

Jane, o teu nome é semente,

tua vida, raiz,

teu legado, floresta.

 

 

(Este poema é uma homenagem a Jane Goodall (1934–2025), etóloga, primatóloga e mensageira da paz da ONU, cujo trabalho junto aos chimpanzés revolucionou a ciência e a nossa compreensão da ligação entre humanos e natureza. Mais do que investigadora, foi uma defensora incansável da vida, da floresta e do futuro do planeta.)

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