Nas clareiras do tempo,
ergue-se uma mulher de passos leves,
que ouviu o coração da terra
através dos olhos dos chimpanzés.
Ela não apenas estudou,
ela escutou.
Não apenas contou histórias,
mas tornou-se parte delas.
Entre folhas e rios,
ensinou-nos que o humano
não é senhor, mas irmão,
e que cada vida, por mais pequena,
tem voz, memória, dignidade.
Hoje, o vento leva o seu corpo,
mas a sua presença ecoa nas árvores,
nas crianças que ainda sonham
com um planeta possível,
nos animais que respiram mais livres
porque ela ousou defender o silêncio da selva.
Jane, o teu nome é semente,
tua vida, raiz,
teu legado, floresta.
(Este poema é uma homenagem a Jane Goodall (1934–2025), etóloga,
primatóloga e mensageira da paz da ONU, cujo trabalho junto aos chimpanzés
revolucionou a ciência e a nossa compreensão da ligação entre humanos e
natureza. Mais do que investigadora, foi uma defensora incansável da vida, da
floresta e do futuro do planeta.)
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