Há um lugar antes do início,
onde o silêncio respira
e o tempo ainda não escolheu direção.
Ali, o ser adormece
no ventre do invisível,
e o nada é terra fértil
onde tudo germina.
Da ausência nasce a forma,
do vazio, o gesto,
e até a luz precisa escurecer
para renascer.
Nada é perda,
é retorno ao que sempre foi,
o espaço onde a alma
aprende a existir de novo.
(Poema inspirado numa ideia de Kitarō Nishida:
“O nada é o campo onde todas as coisas aparecem e
desaparecem,
e por isso é o lugar mais pleno de ser.”)
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