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terça-feira, 28 de outubro de 2025

O Campo do Nada

Há um lugar antes do início,

onde o silêncio respira

e o tempo ainda não escolheu direção.

 

Ali, o ser adormece

no ventre do invisível,

e o nada é terra fértil

onde tudo germina.

 

Da ausência nasce a forma,

do vazio, o gesto,

e até a luz precisa escurecer

para renascer.

 

Nada é perda,

é retorno ao que sempre foi,

o espaço onde a alma

aprende a existir de novo.

 

 

(Poema inspirado numa ideia de Kitarō Nishida:

“O nada é o campo onde todas as coisas aparecem e desaparecem,

e por isso é o lugar mais pleno de ser.”)

 

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