Nos corredores do tempo,
vários homens caminharam lado a lado,
espécies diferentes respirando o mesmo céu,
até que apenas uma voz se fez ouvir:
Homo sapiens, herdeiro das eras.
Mas a Terra não descansa,
e a vida encontra caminhos que a mente ignora,
e sementes de mutações germinam no invisível,
traçando futuros que ainda não sabemos nomear.
Talvez nasçam olhos que vejam mais longe,
ou mãos que moldem o mundo sem ferir,
ou corações que guardem a memória do cosmos
entre as batidas de cada ser que aprenda a existir.
Não será uma espécie nova, ainda,
mas um sussurro de nós mesmos,
uma promessa que cresce entre gerações,
uma evolução que dança no fio do tempo,
silenciosa, impossível de parar.
O futuro humano está chegando,
não em seres insólitos,
mas em nós,
nas escolhas que fazemos,
nos gestos que perpetuamos,
na coragem de transformar o que somos
no que ainda podemos ser.
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