No mesmo teto não cabem
a lâmpada da razão e o fogo cego da fé cega.
Onde grita o fanatismo,
a inteligência se recolhe, muda,
em quartos que jamais se encontram.
O ódio ergue paredes sólidas,
trava portas, sela janelas,
enquanto a dúvida e o pensamento fluem
como vento aprisionado,
à espera de espaço para respirar.
No lar do extremismo,
não há mesa para debate,
espaço para perguntas,
nem espelho para refletir.
E assim, em cada canto,
o silêncio da razão observa
o tumulto da crença que se fecha em si mesma,
sabendo que a casa, inteira,
jamais será lar.
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