Num instante, tudo muda,
sem que olhos, patas ou asas
tenham consciência do que se avizinha.
Sob o solo que desconhece o tempo,
uma cratera repousa, silenciosa,
marca de um encontro com o céu,
onde um asteroide escreveu o fim.
O mundo estremeceu:
incêndios, tsunamis, ventos de morte
varreram eras, ceifando vidas
sem aviso, sem culpa, apenas destino.
Mas da destruição brotou renovação,
a vida persistiu, mudou, reinventou-se.
O passado jaz enterrado,
mas as histórias, agora sem vozes,
ecoam nos fósseis e na memória da Terra.
(Este poema foi inspirado na Cratera de Chicxulub e no impacto do asteroide
que provocou a extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos.)
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