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terça-feira, 21 de outubro de 2025

Quando a vergonha se perde e o respeito se esvai

Quando os que comandam esquecem a vergonha,

o poder torna-se sombra, pesada e sem rosto.

 

E quando os que obedecem perdem o respeito,

o coração da cidade enfraquece,

como árvores sem raízes num vento hostil.

 

O ciclo é cruel: liderança sem consciência

enche o mundo de imposições vazias,

submissão sem discernimento

fecha portas ao que é justo e verdadeiro.

 

Somente onde há vergonha e respeito

reside a dignidade humana;

somente nela floresce a liberdade.

 

 

(Este poema inspira-se na reflexão de Georg Christoph Lichtenberg sobre poder, vergonha e respeito. Procura explorar como a perda de limites éticos, por quem comanda, e a perda de discernimento, por quem obedece, geram desequilíbrios na vida coletiva. Não se trata de um julgamento, mas de um convite à atenção, para que, mesmo diante de hierarquias e responsabilidades, permaneçamos conscientes da integridade e do respeito mútuo que sustentam qualquer sociedade.)

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