No deserto,
o sol grava sobre pilares
as leis que governam rios e estrelas.
O vento murmura segredos antigos,
e a areia guarda vestígios
de mãos que despertaram o tempo.
Entre templos
e colunas erguidas,
a mente humana aprendeu
a contar, a medir, a questionar,
a olhar o céu
e o espírito
com igual reverência.
Séculos depois,
outros olhos vieram,
olhos que se espelharam na luz do Kemet,
levando fragmentos de verdade
para novas cidades, novos pergaminhos,
sem perceberem que a sabedoria
não nasce de um só lugar,
mas de raízes profundas
que atravessam gerações.
O conhecimento é chama que viaja,
não pode ser possuído,
mas reconhecido, honrado
e devolvido à memória do mundo.
(Este poema é uma homenagem à antiga sabedoria do Egito (Kemet), que
influenciou profundamente civilizações posteriores, incluindo a filosofia
grega, e que continua a ecoar na humanidade como legado de conhecimento e luz.)
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