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segunda-feira, 6 de outubro de 2025

O Poeta

Não escreve por glória,

nem por aplausos de passagem,

mas porque dentro dele

há um rio que precisa correr.

 

Cada palavra é semente

lançada no escuro do mundo;

umas não brotam,

outras viram raiz em silêncio.

 

O poeta não busca ser dono de verdades,

apenas dar forma ao invisível

que se agita nos corações alheios,

como se fossem espelhos seus.

 

E quando pensa estar só,

descobre que não escreve para multidões,

mas para uma única alma,

a que habita em cada um.

 

Assim cumpre sua missão:

ser ponte onde não há caminho,

eco onde reina o silêncio,

chama onde a noite é mais densa.

 

 

Este poema reflete sobre o poeta como figura universal, alguém que escreve não por vaidade, mas por necessidade interior e missão: transformar silêncio em palavra, emoções em ponte e pensamentos em luz para outros corações.

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