A liberdade não é ausência de limites,
nem fuga das amarras do mundo;
é um estado de consciência,
um lugar interior onde o ser se mantém inteiro,
mesmo quando o vento sopra em direções contrárias.
Somos todos, em algum grau, prisioneiros
do tempo, da carne, do medo,
da palavra que disseram e ficou.
Mas há uma parte de nós que não se curva,
que observa o tumulto e permanece silenciosa,
como o olho tranquilo no centro do furacão.
Ser livre é lembrar-se desse ponto imóvel,
é não confundir a própria alma
com as paredes que a cercam.
Não se trata de escapar,
mas de habitar o mundo sem se perder nele,
de caminhar entre os ruídos
ouvindo ainda o som da própria respiração.
Porque a verdadeira liberdade
não depende do que nos cerca,
mas do que já despertou em nós,
o instante em que compreendemos
que nada pode aprisionar
aquilo que foi feito de luz.
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