No silêncio do céu,
as estrelas cantam
uma música que os ouvidos não captam,
mas que o coração reconhece.
Planetas giram,
traçam círculos perfeitos,
um balé antigo,
onde o tempo se curva à ordem das leis invisíveis.
Cada movimento ressoa
em nós,
como se respirássemos
a mesma melodia que rege a noite
com ecos esquecidos.
Não há dissonância no cosmos,
apenas o fio delicado
que une o pequeno ao infinito,
o humano ao eterno.
E mesmo naquilo que não alcançamos,
uma sensação profunda nos envolve:
somos notas
dessa sinfonia silenciosa,
participando sem perceber
do ritmo das esferas.
(Este poema foi inspirado na ideia da Harmonia das
Esferas de Pitágoras,
que vê os movimentos celestes como uma música
invisível e eterna
que mantém o equilíbrio do cosmos.)
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