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domingo, 12 de outubro de 2025

Grades Invisíveis

Nascemos com sombras que não pedimos,

com memórias que nos habitam antes de sabermos,

com leis silenciosas de medo e culpa

que moldam o passo, mesmo antes do primeiro grito.

 

Algumas correntes vêm da carne,

outras do olhar que nos ensinou a medir-nos,

e crescemos aprendendo a pesar cada escolha

com o peso de antepassados que nunca vimos.

 

E, ainda assim, há uma força que persiste:

um impulso de olhar além das grades,

de sentir que a própria respiração

pode desenhar um espaço novo,

 

onde a herança não determine o limite,

e a liberdade se construa

sobre o respeito ao passado,

mas sem ficar presa por ele.

 

Ser humano é carregar o que veio antes

e, mesmo assim, encontrar um sentido

que abra uma fenda para o infinito.

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