O universo não termina;
expande-se, respira,
gera outros universos como sementes invisíveis
lançadas ao vazio.
Cada instante pode ser o início de um mundo,
cada silêncio, o berço de um tempo.
As marcas do infinito talvez estejam gravadas
no fundo antigo da luz,
como cicatrizes de fogo
no tecido da noite.
E se este cosmos for apenas uma página,
que histórias ardem nas bibliotecas escondidas?
Que vidas se acendem
nas margens que nunca veremos?
Somos pó consciente,
um breve olhar
num oceano de mundos que nascem sem cessar.
(Este poema foi inspirado nas últimas ideias de Stephen Hawking sobre a
inflação eterna e a hipótese de múltiplos universos.)
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