Um povo que fecha os olhos,
enquanto a falsidade se veste de palavra,
que entrega seu voto à mão que rouba,
não é vítima do engano.
Cada aplauso dado a quem trai
é um fio que tece a própria prisão.
O silêncio diante da corrupção
é terra fértil para a mentira florescer.
Ser cúmplice não é apenas consentir,
é construir muros com indiferença,
erguer portas para a sombra
e entregar a chave a quem não a merece.
Quem escolhe a falsidade
não escapa daquilo que planta;
cada promessa quebrada
retorna como eco
sobre aqueles que a aplaudiram.
E a pergunta que fica no ar:
até quando se aceita
ser cúmplice do próprio desespero?
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