Que a luz que me fez nascer
se levante agora das cinzas do medo,
que o que é justo me encontre,
mesmo nas tramas do labirinto.
Abro-me ao que é maior do que eu,
ao sentido oculto de tudo o que pesa,
ao fio invisível que me guia
por entre muros e dúvidas.
Aceito a dor,
mas não me ajoelho à culpa,
aceito o erro,
mas não me exilo da esperança.
Se houver mão que me ajude,
que eu a saiba ver,
se houver porta que se abra,
que eu não tema passar.
Que este tempo me transforme
sem me endurecer,
que este ciclo me revele
sem me destruir.
Confio, ainda que trémulo,
permaneço, ainda que cansado
e caminho, porque a vida ainda me chama.
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