Tudo tem o seu oposto, e o seu semelhante,
como a sombra que abraça a luz no
mesmo toque.
Na dança eterna dos contrários,
é no meio que se revela o segredo.
A chama só arde porque há frio,
o silêncio existe porque há som,
a queda é parte do voo,
e no repouso vibra a força do
impulso.
No corpo, somos química em fusão,
explosão e harmonia, caos e ordem,
um universo que se dobra e se
expande
na alquimia viva do instante.
Retornar ao centro é regressar à
raiz,
onde o conflito se dissolve em
compreensão,
onde o olhar se torna espelho e
chama,
onde se transmutam dor e luz.
Neste ponto, o paradoxo não fere,
é ponte entre mundos,
é a dança onde opostos se abraçam,
é o abraço onde nasce a paz.
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