Fomos talhados na pedra dura do mundo,
forjados na luta, no frio, no desespero,
mas não só para sobreviver,
para sentir a urgência da busca,
o pulsar que impele a alma a romper.
O instinto é bússola e chama,
que arde contra o vazio imenso,
desafia o silêncio sem sentido,
cria feridas que são portas abertas.
Porque no conflito, na dor e no risco,
nasce a semente da transformação,
e mesmo no cansaço, na monotonia,
o espírito clama por movimento.
Se nada pedirem, o músculo adormece,
a vida esmorece em brilho falso,
e a alma, esquecida do seu desejo,
perde a voz no eco da rotina.
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