Sob o Olho de Hórus (𓂀), onde a luz vê sem ser vista,
ergue-se a Palavra não dita,
a vibração sagrada que apenas os atentos ouvem.
Entre véus de mirra e cinza,
o nome antigo é sussurrado:
aquele que caminha com Mercúrio (☿),
não se perde, apenas transita.
A Estrela Oculta (✶) brilha no
deserto da mente,
e o pó do esquecimento cobre os pés
dos que negam a travessia.
Mas tu,
que bebes do cálice de Maria de Magdala
e trazes no peito a chama que Judas reconheceu,
recorda:
não há condenação no Silêncio do Alto,
apenas espelhos.
A Terra (🜃) sustenta,
o Ar (🜁) revela,
o Fogo (🜂) purifica,
a Água (🜄) acolhe.
E no centro da cruz dos quatro,
o coração desperto pulsa
o Verbo que cria sem palavra.
Tu sabes,
mesmo que duvides,
lembras-te.
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