Há em cada célula um mapa
e há em cada movimento humano
a dança de uma inteligência
que repete os seus sinais
do ínfimo ao imenso.
O cérebro traça caminhos,
dendritos em flor,
axónios que buscam
o toque de um outro.
Quando se encontram,
libertam mensagens
que acendem ou adormecem
os ritmos da alma.
Assim também nós:
crescemos por contacto,
fortalecemos laços pela repetição
da presença, da escuta, do gesto
e o que já não serve
cai por si, como folha madura,
num outono necessário.
Hoje, é dia de estimularmos este processo:
ligar, lembrar, aprender,
num espelho que se amplia
do pensamento à relação,
do corpo à comunidade,
do instante ao eterno.
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