No entrelaçar dos sons,
há um mapa invisível,
linhas que desenham
a arquitetura da alma.
Cada nota, uma chave,
cada pausa, um espaço sagrado,
onde repousa a verdade
antes de ser dita.
Escutar é navegar
por essa casa etérea,
abrir janelas interiores
que só a música revela.
E quando o silêncio se instala,
não é vazio, é matéria prima,
um convite para mergulhar
no fundo onde tudo começa.
Ali, onde o ouvido descansa,
a alma encontra sua forma,
e o mundo ganha contorno
num ato simples de ouvir.
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