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sexta-feira, 11 de julho de 2025

O Ritmo que nos cria (poema da dança eterna) / J.M.J.

Tudo se move, tudo pulsa,

não há quietude fora do ritmo.

O universo bate o seu coração invisível,

um tambor feito de luz e sombra,

onde o silêncio dança com o som.

 

O pulso é firme, constante,

mas cada vibração é diferente,

cada nota tem a sua cor,

e nessa dança de mutação,

a vida encontra a sua forma.

 

O eixo da terra inclina-se ao toque da lua,

uma dança antiga, delicada, infinita.

É no compasso desse movimento

que nascemos e renascemos,

sustentados por ondas que nos atravessam.

 

Não há separação entre o que pulsa e o que vibra.

O bater é o chão onde o universo repousa,

a vibração é a cor que pinta o seu rosto,

e nós, pedaços desse ritmo,

dançamos a coreografia do ser.

 

Se o pulso pára, tudo se desfaz,

se a vibração muda, tudo se transforma.

É no movimento constante que reside o segredo,

um ritmo que nos cria e nos dissolve,

um pulso eterno que nunca se cansa.

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