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sexta-feira, 11 de julho de 2025

Na pele onde tudo se funde (poema da geração e da fusão) / J.M.J.

Não é o corpo que cria o mundo,

é o encontro,

o lugar onde o toque

transcende nome e forma.

 

A alma não tem género,

apenas desejo de fusão.

No limiar dos sentidos,

a pele é altar e linguagem,

onde tudo se torna um.

 

Homem e mulher,

nomes que a espécie ergueu

para sobreviver.

Mas há um órgão mais antigo:

o dos afetos,

onde o amor se traduz

sem fronteiras nem formas fixas.

 

Nessa procura de origem,

o princípio masculino e o feminino

não se opõem: dançam.

E é dessa dança,

sem técnica, sem mapa,

que o mundo continua a nascer.

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