Nos dias de silêncio e desespero,
quando o povo se dobrava perante a
opressão,
eu, Débora, ergui minha voz.
Não fui chamada, não fui escolhida
pelo sangue ou pela linhagem,
mas pela sabedoria que se acende
nos corações daqueles que têm o
fardo da visão.
Fui juíza num tempo em que a
justiça
não era dada às mulheres,
mas as estrelas me viram,
e a terra, onde a dúvida rastejava,
sentiu o peso da minha decisão.
Não ergui exércitos,
mas fiz o coração dos homens se
unir,
e a força do meu espírito
não temeu as armas dos poderosos,
porque quando o céu decide,
não há terreno que não se renda
à força de quem acredita na
verdade.
A batalha não foi minha,
mas a liderança, o sangue de minha
coragem,
correu nas veias do meu povo
e na vitória, não se viu a minha
glória,
mas o triunfo de um destino
cumprido
pela força de uma mulher
que não se calou.
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