São poucos,
mas estão sempre a acordar o mundo.
Não constroem estradas,
nem levantam muros,
mas constroem janelas
com palavras.
Falam do que não se vê,
mas se pressente,
do que corrói por dentro
quando tudo parece em ordem.
São incómodos,
porque recusam calar,
porque veem o que os outros
evitam olhar.
Não trazem soluções fáceis,
mas perguntas afiadas.
São os que não dormem,
os que sangram
quando a mentira é aplaudida,
os que escrevem
para que alguém, algures,
pense.
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