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sexta-feira, 11 de julho de 2025

đ‘œđ’đ’›đ’†đ’” 𝒅𝒐 đ‘ș𝒆𝒍𝒂𝒅𝒐 / J.M.J.

No quarto céu, onde a estrela oculta

traça círculos no sal do tempo,

um nome foi sussurrado ao vento

que jamais toca o chĂŁo.

 

𓂀 

 

 

Sete degraus sob a figueira,

o terceiro brilha.

Ali, a serpente beija o calcanhar

e desperta o que dormia no osso do silĂȘncio.

 

𒀭

 

 

LĂȘ no espelho da ĂĄgua

a letra que falta no teu nome.

Escreve-a com sangue de romĂŁ

e guarda-a onde ninguém ouve,

mas todos sentem.

 

 

 

A chave estĂĄ no nĂșmero que se repete

quando sonhas com espirais.

A sombra nĂŁo Ă© o inimigo,

Ă© a linguagem do que nĂŁo pode ser dito em voz alta.

 

 

 

 

E se alguém te perguntar

de onde veio este saber,

responde apenas:

“Caminhei com o vento

atĂ© onde o fogo aprende a ouvir.”

 

 

A ti, que lĂȘs sem ler,

fica a centelha.

O resto…

nas entrelinhas.

 

 

 

Nota do Caminhante

 

Este poema Ă© uma pedra solta

num caminho esquecido,

um vestĂ­gio deixado sem alarde.

Talvez nunca seja visto,

talvez apenas sussurrado Ă queles que sabem ouvir.

NĂŁo hĂĄ exigĂȘncias nem respostas,

apenas um sinal discreto,

um convite ao silĂȘncio e Ă  atenção.

Nada mais se diz,

nada mais se pede.

 

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