Não pertenço a ninguém;
nem ao tempo,
nem ao leito,
nem ao desejo alheio.
Sou a que caminha sem rasto,
a que ouve os animais
e entende a linguagem das árvores.
O arco que trago
não é ameaça,
é fronteira.
Não nasci para o toque imposto,
nem para o espelho dos homens.
A minha nudez
é uma bênção só minha,
sem preço nem castigo.
Dizem que sou severa,
mas apenas conheço os limites
e exijo que os respeitem.
Sou irmã da Lua,
mas não sou sombra de ninguém.
Sou donzela,
não por pureza,
mas por escolha
e a escolha é sagrada.
Quando me chamam,
não venho com flores,
venho com olhos atentos
e pés ligeiros,
trazendo a força
das mulheres que não precisam
ser salvas.
Sou Diana
e a minha bênção
é a liberdade
que nenhum altar ousa prometer.
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