Há um silêncio que não escutamos,
mas que envolve tudo,
como se a escuridão à nossa volta
sussurrasse o quão frágeis somos.
Esta casa azul,
a arder na vastidão,
é um sopro entre abismos
que nunca tocaremos.
Acreditamos em deuses,
ou recusamo-los,
mas antes disso,
há este espaço imenso e cego
onde flutuamos,
onde nem o grito tem eco.
Pensar para além da aldeia,
do nome,
do corpo,
é cair nessa verdade nua:
nada nos protege,
a não ser o cuidado.
E mesmo esse,
é frágil.
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