Do mar profundo, eu venho,
onde o desejo e a dor se encontram,
onde a espuma não é só beleza,
mas também a força que nos arrasta
para o que não sabemos.
Sou o riso e o suspiro,
o toque que desperta o corpo
para o seu próprio ritmo.
Não sou só amor,
sou criação,
sou a carne que se molda
como o vento molda as dunas.
Não busco ser possuída,
mas ser a chama
que acende tudo o que toca.
O que nasce de mim
não é simples prazer,
é transformação.
Dizem que a beleza é minha,
mas ela não é o que veem
nos meus olhos ou na minha pele,
ela está no beijo
que faz o coração parar
e depois bater mais forte.
Sou Afrodite
e o amor que dou
não é frágil nem eterno,
é o fogo
que consome e renova
sem pedir perdão.
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