A mente traça o contorno das muralhas,
mede o impensável,
calcula o peso das resistências.
Mas há um lugar onde tudo já foi superado.
Não se sabe quando,
nem com que forma.
Só se reconhece o eco do possível
a vibrar no impossível.
Talvez tenha sido pela chama da intenção,
pelo rigor de um movimento firme,
ou por um sopro que nunca se extingue.
Enquanto o corpo duvida,
a consciência desce o abismo,
rasga a matéria do limite,
e regressa.
É por isso que, por vezes,
não se entende como se resistiu.
Só se sabe que se resistiu.
E isso basta
para que o horizonte mude de cor.
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