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quinta-feira, 10 de julho de 2025

Atena, a que forja a razão / J.M.J.

Não me chamam de mãe,

nem de amante.

Sou a filha da mente,

daquilo que pensa, calcula,

e não se perde no caos do coração.

 

A minha armadura não é só de ferro,

é feita de razão pura,

do entendimento que se constrói

como uma fortaleza.

 

Não busco consolo nas mãos dos outros,

nem favores que me façam ceder,

sou a espada que corta o erro

e a palavra que decide o destino.

 

Nos campos de batalha,

não sou movida pela fúria,

mas pela lógica do que é justo,

do que se pode e deve fazer.

 

Dizem que sou fria,

mas só sou clara.

O coração, às vezes, precisa de silêncio

para que a mente possa ouvir

a verdade que se esconde.

 

Sou Atena

e a minha força não está no grito,

mas na calma com que construo o mundo

à medida do que é justo e certo.

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