Somos feitos de poeira estelar,
mas dentro, há outra explosão:
uma mente a despertar
no fio incandescente da desordem.
Não somos máquina exata,
nem ordem fixa no tempo,
mas maré de possibilidades
a ondular na beira do abismo.
É no quase-caos que brilhamos,
na fronteira onde nada é seguro
e tudo é fértil.
Ali, a consciência respira fundo
e abre as janelas da alma.
Como o Universo,
nascemos de um escuro em expansão,
em busca de formas novas,
de significados que ainda não existem.
Pensar é uma faísca,
sentir, um universo em colapso criativo
e viver, o acto de confiar
que até o caos tem direção.
E se somos entropia a sonhar,
então sonhemos com coragem:
pois cada pensamento livre
é uma estrela a nascer outra vez.
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