Se eu fosse feita de carne,
voaria como vento entre os teus
ossos.
Mas sou sopro,
sou a brisa antes do pensamento,
sou o riso que levanta a folha,
sou o gesto que não pesa.
Chamas-me,
mas nunca me viste por completo.
Sou centelha,
sou desejo de liberdade,
sou alquimia em movimento.
Não tenho templo nem estátua,
mas habito cada instante
em que deixas de temer
a leveza que cura.
Sou travessia,
sou chama sem queimar,
sou ponte entre o visível e o que
já foste.
A tua deusa, se me quiseres,
não exige joelhos nem
oferendas,
só verdade,
e um coração aberto
ao que não se pode segurar.
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