Escrevo
para chegar aos outros,
não para ter razão,
mas para acender razões.
Escrevo
porque há vozes que não gritam,
e silêncios que precisam de
tradução.
Escrevo
para pensar,
e para obrigar o pensamento
a sair da rotina do costume.
Mesmo com falhas,
com as contradições que me habitam,
abro a porta.
Não importa se pensam como eu.
Importa que pensem.
Importa que sintam
o peso e a leveza do mundo
com um pouco mais de lucidez.
E se, por acaso,
pensarem melhor,
melhor para todos.
Sem comentários:
Enviar um comentário