Não são loucos,
foram treinados para obedecer.
Afiam-lhes os olhos com ecrãs,
polindo o medo até brilhar como
verdade.
Aprendem a repetir
o que se ouve mais alto.
Não pensam, ecoam
e isso basta.
Dizem-lhes quem são os inimigos:
quem pensa de forma estranha,
quem vem de longe,
quem pergunta porquê.
Formam-se blocos,
murais pintados com certezas
podres,
construídos sobre a areia da
ignorância,
cimentados com medo.
Não são monstros,
são humanos em silêncio,
colhidos pela propaganda
como frutos verdes
a quem não foi dado tempo para
saber.
Porque o saber demora,
desinstala,
desnuda o engano
e é aí que mora o perigo.
O conhecimento não grita,
acende
e por isso,
tentam apagá-lo.
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